quarta-feira, 29 de abril de 2015

Jesus e a Manada de Porcos


A história da cura do endemoninhado geraseno é recheada de lindas lições espirituais, mas eu gostaria de, nessa postagem, me ater a uma linda lição que geralmente é pouco compreendida. Para isso, entre os três evangelhos que narram à história, eu vou utilizar o relato escrito por Lucas. Para contextualizar, sugiro que você leia a história a partir do versículo 26 até o versículo 39. Mas faremos uma analise de apenas dois versos:

“Ora, andava ali, pastando no monte, uma grande manada de porcos; rogaram-lhe que lhes permitisse entrar naqueles porcos. E Jesus o permitiu. Tendo os demônios saído do homem, entraram nos porcos, e a manada precipitou-se despenhadeiro abaixo, para dentro do lago, e se afogou”.  (Lucas 8:32 e 33)

O ponto em questão é o porquê Jesus permitiu que os demônios entrassem nos porcos, e porque Jesus permitiu que estes porcos se jogassem para dentro do lago e se afogassem?

O primeiro ponto, como bem cita o comentário da Bíblia de Estudos de Genebra na página 1289, é que a terra dos gerasenos, local onde ocorreram os fatos, era uma terra pagã. Isso já nos ajuda a entender que Jesus não teve intenção de repreender aquele povo por estarem cuidando de porcos, já que na lei é proibido consumir e até mesmo tocar na carne deste animal (Levíticos 11:7,8). Neste caso em especifico, Jesus não os repreendeu por criarem porcos justamente porque este era um povo pagão, que não tinha o conhecimento das reivindicações divinas, e Deus não leva em conta o tempo da ignorância.

Mas então, qual foi o objetivo de Jesus em dar tal permissão aos demônios? Ellen G. White, inspirada pelo Espírito Santo, responde esta questão:

“Fora por misericórdia para com os donos desses animais, que Jesus permitira lhes sobreviesse o prejuízo. Achavam-se absorvidos em coisas terrestres, e não se importavam com os grandes interesses da vida espiritual. Cristo desejava quebrar o encanto da indiferença egoísta, a fim de Lhe poderem aceitar a graça”. (O Desejado de Todas as Nações, pág.338)


E aqui podemos tirar uma lição preciosa para nossas vidas. Às vezes Deus permite certas “perdas” em nossas vidas para ganhos muito maiores! Quando não estivermos enxergando bem alguma situação, quando não estivermos vendo o perigo que corremos por seguir em certo caminho, talvez o Senhor, em Sua infinita misericórdia, permita que você perca o que for necessário para que você enxergue o caminho que leva a vida. E você, será que precisa perder algo em sua vida que esteja te atrapalhando de alcançar coisas maiores? Deixe Jesus mostrar o caminho, e aceite aquilo que Ele quiser colocar ou tirar de sua vida. Acredite, Ele sabe o que é melhor para você! 

domingo, 5 de abril de 2015

O simbolismo por trás dos presentes dos Magos do Oriente


O nascimento de Jesus foi marcado por uma série de importantes acontecimentos, e um destes acontecimentos foi a visita dos magos do oriente. Essa visita é registrada apenas no evangelho de Mateus, no capítulo 2, dos versos 1 ao 12.

Apesar de, na maioria das traduções encontrarmos os termos “magos do oriente”, devemos entender que não eram magos no sentido que entendemos dessa palavra hoje em dia. O termo vem do grego “Mágoi”, palavra empregada para designar as diversas classes cultas. Os “mágoi” eram os filósofos, conselheiros do reino e instruídos em toda a sabedoria. (1)

Mas eu gostaria de ressaltar algo no texto que dificilmente percebemos com uma leitura superficial: o simbolismo por trás dos presentes entregues pelos magos a Jesus.

“Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra”. (Mateus 2:11)

O texto diz que estes magos do Oriente ofertaram ouro, incenso e mirra á Jesus, e estes eram os artigos mais valiosos, transportáveis, e comerciáveis da época (2). E agora, vejamos o simbolismo de cada um destes presentes:

Ouro – Este era um presente para os reis. Sendo assim, os magos reconheceram a Jesus como Rei de suas vidas. (3)
Incenso – O incenso era um presenta para um sacerdote. Os magos reconheceram a Jesus como Seu intercessor, o reconhecendo como o Elo que liga Deus com a humanidade. (3)
Mirra – Mirra era um perfume usado para embalsamar o corpo de um morto. Eles reconheceram a Jesus como o sacrifício, como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. (3)

Aqui, em apenas um verso, está registrado a síntese de quem é Jesus Cristo: O Criador, Senhor, Salvador e Intercessor da raça humana. Que essa seja uma realidade para você, e que você permita que Jesus seja tudo isso em sua vida!

Fontes:
1 - (Comentário Bíblico Adventista – vol. 05, pág.281 - *versão em espanhol).
2 - (Bíblia de Estudo Arqueológica NVI – Editora Vida – pág. 1561).
3 - (Mark Finley – Sobre a Rocha, p.362); (Comentário Bíblico Adventista – vol. 05, pág.284 - *versão em espanhol); (Bíblia de Estudo de Genebra, pág. 1231).